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NA QUARENTENA E DEPOIS DA QUARENTENA

Jó 1.1-2

 

“Na terra de Uz vivia um homem chamado Jó. Era homem íntegro e justo; temia a Deus e evitava fazer o mal... Tinha ele sete filhos e três filhas” (Jó 1:1-2)

 

Introdução:

Aqui está um personagem bíblico dos bem antigos. Há quem até sugere que Jó tenha vivido numa época próxima aos dias que Abraão viveu.

Não há um consenso a respeito, mas Jó é muitas vezes lembrado. Sabe aquelas vezes em que estamos correndo, apressados, afobados, alguém chega e diz: “Você precisa ter a paciência de Jó!”

Mas, não apenas por sua paciência, mas também pelo seu jeito de ser, Jó deve ser lembrado e imitado.

Afirmo isto, porque Jó foi uma pessoa que dava valor à família que tinha.

A família era importante para Jó, por isso que, em seu papel de pai, de marido, ele cultivava algumas virtudes que devemos cultivar.

Jó possuía um zelo por sua família, por sua mulher e seus 10 filhos (eram 7 rapazes e 3 moças). Jó tinha um zelo pra que a família estivesse bem!

Quantos de nós valorizamos a família que temos e zelamos por ela? A família é nosso refúgio. Nossa quarentena é em casa. Aliás, a hashtag do momento é “fique em casa”.

O ministro da saúde ontem, Luiz Henrique Mandetta, orientou desligar um pouco a TV e aproveitar momentos com a família. A família é importante!

 

Então, eu trago uma palavra hoje, desejoso de que sua família esteja bem e e que ela seja realmente boa, mas, para isso, você precisa ser, durante esta quarentena e depois dela, olha só, ser:  

UMA PESSOA DE CONFIANÇA

Como era Jó em casa e fora de casa? O v.2 diz sobre ele: “Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e este era homem sincero, reto e temente a Deus; e desviava-se do mal”. (Jó 1.2).

Se você diz à sua esposa e para os filhos, uma coisa e não faz, você não está sendo de confiança.

Se você mente para seus filhos e mente para sua mulher/marido/pais, você não está sendo digno de confiança.

Então, verifique se, dentro de sua casa e fora de casa, você tem honrado a sua palavra; examina se você tem sido um marido de confiança, um pai de confiança...

Certa vez eu li esta declaração: “O lar pode ser um "ninho de amor" ou uma "toca de cobra” (...vai depender em muito, do seu jeito de ser – se você for uma pessoa de confiança, sua família será beneficiada!).

 

...em segundo lugar eu te digo: nesta quarentena e depois dela, pra que sua família seja boa, você precisa:

DEMONSTRAR AMOR E CARINHO

Esse é outro fator que contribui para o bem da nossa família!

Em muitas casas o que reina é a irritação, a provocação, os falatórios e brigas. Não é só durante a quarentena, não; antes, já era assim. Triste, não é?

Na Bíblia, é ensinado o princípio do amor e do carinho. Na carta do apóstolo Paulo aos efésios (6.4), está escrito: “...E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor”.

A Bíblia diz aos pais, que precisamos educar nossos filhos com uma disciplina amorosa. E podemos ver isto em Jó!

No contexto aqui do capítulo 1, no v.13, podemos ler que os filhos de Jó costumavam dar banquetes, e que todos os irmãos e irmãs eram convidados para aquele banquete. O texto diz: “Um dia, enquanto os filhos e as filhas de Jó estavam num banquete na casa do irmão mais velho”. Olha só! Eu só consigo pensar na união entre eles, no relacionamento amor e carinho que havia entre eles.

Mas, é tão comum haver festas, passeios, churrascos, e infelizmente, irmão não convidar irmão, porque um não fala com o outro.

Mas, quando um dos filhos de Jó banqueteava, todos os irmãos e irmãs se reuniam; por certo, faziam assim, porque podiam contar com um pai que lhes dava essa orientação.

Durante esta quarentena e depois dela, você precisa, como pai, mãe, marido, esposa, mesmo filho, irmão, você precisa cultivar em casa, amor e carinho.

Os pais se esforçam para pagar o dentista, o colégio, prover o agasalho, o alimento, e isto é expressão de amor e carinho com a família, mas, faça mais: fale para os filhos que você os ama, fale aos irmãos, fale à esposa, ao marido!

A demonstração de amor e carinho somada à declaração, contribui para que a família seja melhor.

...em terceiro lugar, durante a quarentena e depois dela, pra que sua família seja boa, você precisa:

DESENVOLVER HONESTIDADE

Está lembrado de Jó? A Bíblia diz que ele era um homem “bom e honesto, que obedecia a Deus e procurava não fazer nada que fosse errado”.

É numa pessoa assim que precisamos nos tornar e sermos cada vez mais aperfeiçoados!

Um famoso seriado da TV que eu gostava muito era “A Grande Família”. Lá tinha o Lineu, personagem que tipificava a honestidade. O Lineu tinha um genro chamado Agostinho, esse era um tipo folgado, malandro e coisa e tal. Qual o seu tipo? Você é mais parecido ao Lineu ou Agostinho?

A Bíblia diz que Jó era íntegro e justo. Jó era assim: obedecia a Deus e se esforçava para nunca praticar o mal.

Imagina isso, você de quarentena em casa e sendo reconhecido como alguém “bom e honesto, que obedece a Deus e procura não fazer nada que seja errado!”

Eu acredito que se fôssemos à casa de Jó, poderíamos ficar impactados pela forma como ele tratava os outros e cuidava das coisas. Não iríamos ouvir palavrões, xingamentos... poderíamos abrir os armários e não encontraríamos nada imoral nem indevido.

Por quê? Porque ali morava um homem, que como marido e pai, era honesto, íntegro e justo... que obedecia a Deus e se desviava do mal.

 

...e mais uma observação pra esta quarentena e depois dela, pra que sua família seja boa, você precisa:

ESTAR ABERTO À RECONCILIAÇÃO

Esse é outro fator que contribui para que a família seja feliz!

Todos nós temos uma família e sabemos dos nossos atritos de vez em quando. Os casais mais saudáveis brigam. Tem uma estatística que diz o seguinte: Em cada 10 casais, 9 confirmam que brigam e 1 é mentiroso.

Agora, quando brigamos, Deus espera reconciliação. A Bíblia diz em 2 Co 5.18, que Deus: “nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo e nos deu o ministério da reconciliação”.

Falar em reconciliação é falar em perdão! Deus nos perdoou os pecados mediante a morte de Jesus na cruz! Estamos perdoados por Deus!

Por isso, importa que também estejamos prontos para a reconciliação, prontos a liberar perdão também. Você já perdoou seu pai? Sua mãe? Sua irmã? Seu irmão? Já se reconciliou com eles?

Precisamos estar prontos para a reconciliação com os que erraram conosco, principalmente se esses que erraram conosco, são os da nossa casa, da nossa família. Deus manda amar o próximo, e os entes queridos são o nosso próximo mais próximo.

Eu te trouxe uma história: Era uma vez um pai que não sabia reagir de modo reconciliador, tudo o irritava dentro de casa. Certa vez, esse pai castigou a filhinha de 4 anos por desperdiçar um rolo de papel de presente, um papel dourado, mais caro que os comuns, razão pela qual ficou furioso ao ver a menina embrulhando uma caixinha com aquele papel dourado. Apesar de tudo, da dura repreensão do seu pai, na manhã seguinte, a menina levou aquela caixinha de presente a seu pai e lhe disse: “Isto é pra você, paizinho”. Aquele homem se sentiu envergonhado pela maneira como havia reagido naquela noite, mas voltou a “explodir” quando abriu a caixa e viu que estava vazia. Ele esbravejou novamente com a filha, chamando duramente a atenção dela, que isto não é coisa que se faz. Aí, a pequena, com lágrimazinhas nos olhos, disse: “Papaizinho, não tá vazia. Eu soprei beijinhos dentro pra você”. O pai quase morreu de vergonha, abraçou a menina e suplicou que ela o perdoasse. Dizem que o homem guardou a caixinha dourada para o resto da vida e sempre que se sentia triste, chateado, deprimido, ele tomava da caixa um daqueles beijos imaginários que sua filha havia colocado ali.

Irritações em casa acontecem, mas sejamos reconciliadores, até porque, ninguém tem riqueza maior do que a sua família.

Conclusão:

Que nesta quarentena, você se lembre da atitude de Jó, v.2: “...e este era homem sincero, reto e temente a Deus; e desviava-se do mal”.

Comece a ser uma pessoa assim:

de CONFIANÇA, que demonstra AMOR e CARINHO, que é conhecido por sua HONESTIDADE e que está sempre disposto à RECONCILIAÇÃO.

 

Pr Walter Pacheco da Silveira, 29.03.2020

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