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CONSAGRAÇÃO TOTAL

2 Coríntios 8.5

 

“E não somente fizeram o que esperávamos, mas entregaram-se primeiramente a si mesmos ao Senhor e, depois, a nós, pela vontade de Deus”NVI.

Aqui está o que é costume na igreja cristã. O melhor livro de história da Igreja para conhecer o que era praticado pelos primeiros cristãos, é o livro dos Atos dos Apóstolos, e quando a Igreja cristã correr de volta para esse livro, ela descobrirá o que realmente os cristãos devem fazer. Agora, nosso texto nos fala de um antigo costume dos dias dos apóstolos. Aqueles que se convertiam em cristãos, se entregavam primeiramente ao Senhor, e logo em seguida se entregavam à Igreja, de acordo com a vontade de Deus.

 

Vamos pensar nisso. 

Primeiro, o ponto central e mais importante de tudo:  A CONSAGRAÇÃO MÁXIMA DA ALMA

A primeira coisa que os cristãos originais fizeram, os primeiros cristãos da história fizeram, foi que: “entregaram-se primeiramente a si mesmos ao Senhor”. Isso é vital, é a oferta de maior importância. Consagração é entrega, é dedicação.

 

Nós todos que afirmamos ser discípulos de Jesus, realmente temos nos entregado a Deus, nos dedicado a Ele?  

 

Terá aqui, alguém que jamais pensou em fazer isso? Terá aqui, alguém que rejeita com desprezo a simples ideia de se dar completamente a Deus? Porque há pessoas que imaginam: “Se eu entregar minha vida para Deus, vou ficar impedido de fazer o que gosto, o que amo; não poderei me divertir, logo não serei feliz...”

Ora, chegará o dia quando pessoas assim, pensarão nesses assuntos sob uma luz muito diferente, e aí descobrirão que se entregar ao Senhor, teria sido a sua ação mais inteligente, e que ter vivido para si mesmo, foi a maior loucura que cometeram.

 

Quando esses primeiros crentes se entregavam ao Senhor, a primeira coisa fácil de ser percebida, era que esta consagração e entrega eram sinceras. Nós que afirmamos ter dado a nossa vida para Deus dirigir e abençoar, deveríamos nos perguntar se nossa consagração foi sincera. Porque esses crentes do primeiro século, levavam a sério aquilo que afirmavam.

 

A vida deles anunciava, quer no trabalho, quer na reunião com a turma na praça, quer no lazer na piscina, quer no futebol com os amigos, a vida daqueles crentes anunciava: “nós nos entregamos a Jesus para sermos completamente dEle, custe o que nos custar”.

 

E, sabe, naqueles tempos, afirmar ser cristão, significava sofrer muito mais do que pode ser sofrido hoje. Uma pessoa que se entregava a Jesus naqueles dias, era perseguida e cruelmente oprimida e muitos eram levados à morte.

No ano 64, quando governava o imperador Nero, os que se tornavam cristãos, eram torturados e queimados. Grande parte do Novo Testamento bíblico, foi escrito na prisão, no cárcere. Tertuliano, que foi um importante escritor do segundo século, ele nasceu no ano 155, Tertuliano chegou a escrever o seguinte: “Os cristãos aos leões!”, se referindo aos crentes que eram apontados como culpados por tudo o que acontecia de errado no Império Romano.

 

No ano 303, o imperador Diocleciano, ordenou a destruição de todas as igrejas, a queima de todos os livros cristãos, a demissão dos cristãos que serviam no exército e no governo romano e a prisão de quem fossem líderes dos cristãos.

Quantos filhos de Deus que, nos primeiros séculos da história, foram arrastados aos tribunais, lançados na prisão e em muitos casos, queimados ou atravessados pela espada.

 

Justo L. González é um historiador e teólogo cubano, autor de muitos livros de história do cristianismo, ele chama a época dos primeiros cristãos de A Era dos Mártires, porque foi uma época de muitos cristãos martirizados, tomados por grande sofrimento; teve outra época na história que ele chama de A Era das Trevas.

Porém, esses primeiros cristãos, sabedores do que poderiam sofrer, apesar disso, entregavam-se ao Senhor de verdade. Está escrito aqui “entregaram-se..a si mesmos ao Senhor”. Irmão, a sua entrega a Jesus foi tão sincera como essa dos primeiros cristãos ou foi uma entrega assim, só pra constar, só pra agradar? Porque, a entrega da vida para Deus dirigir e abençoar, ou é sincera ou não é.

 

Se não é, que Deus corrija, porque somente a consagração, a entrega, que vem do coração, é a que permanecerá no último dia quando será o juízo final“Senhor, livra todos nós de termos uma consagração sem coração!”

 

A consagração dos primeiros cristãos a Jesus, foi também uma consagração voluntária. Todos os soldados do exército de Deus são voluntários Ninguém pode ser crente contra a vontade. Já pensou? Ser um servo de Deus que não quer ser! É possível um filho não querer ser filho? “Ah! Eu sou filho de Deus, mas eu não queria não!” Nunca foi assim e nunca vai ser.

 

Você tem alegria em ser servo de Deus? Eu sei que tem. Você é um crente genuíno. É de forma voluntária e alegre que você pertence ao Senhor, adora ao Senhor, obedece ao Senhor serve ao Senhor. Você é uma bênção!

 

A consagração que esses primeiros cristãos fizeram, continuando nossa reflexão, foi uma consagração inteligente Nos dias do apóstolo Paulo, pessoas sem inteligência não podiam ser recebidas pra ser membro da igreja. Porque, de fato, as pessoas só se tornam cristãs ao terem uma clara compreensão da verdade sobre Deus e sobre elas mesmas.

 

Se a pessoa não for inteligente, se ela não pensar, se ela não for racional, ela fica sem entender o que realmente significa, por exemplo, a morte de Jesus na cruz. Para a pessoa sem inteligência, a cruz é só um acontecimento histórico, como foi aquele tsunami terrível ou o terrorismo contra as torres gêmeas, ou ainda a eleição e posse do nosso atual presidente.

 

Irmão, só pode existir vida espiritual e verdadeira conversão onde há inteligência, entendimento. Se alguém fala: “Eu sou cristão porque foi da vontade dos meus pais”, não é assim que funciona. Diante de Deus ninguém responde pelo outro. Ao contrário, como ser inteligente que somos, cada um fala por si mesmo diante de Deus. Diante de Deus, ninguém responde nem responderá por ninguém. O pai não responderá pelo filho, a esposa não responderá pelo marido, os avós não responderão pelos netos.

 

Portanto, Deus requer a consagração pessoal, a entrega pessoal, ou seja, que eu O ame a partir do meu entendimento; eu mesmo preciso saber o que significa o arrependimento, a fé, o custo que representa ter uma vida de santidade. Não existe isso do outro ter fé por mim, ter obediência por mim, santidade por mim. No juízo final é eu e Deus.

 

Então, a consagração feita pelos primeiros cristãos, foi uma entrega sincera, voluntária e inteligente.

 

Além disso, irmãos e irmãs, eles fizeram uma entrega completa Nenhum cristão dos tempos antigos deu-se ao Senhor pela metade, metade de si mesmos sim, e metade, não.

 

Nenhum crente do primeiro século reservava no coração um lugar para os ídolos e outro lugar para Deus; no coração deles não havia espaço para si mesmos e outro para Deus. E se alguém tivesse tentado fazer isso teria sido rejeitado, porque na igreja cristã original, a regra era tudo ou nada.

 

Como crente em Jesus, você deve ser inteiramente de Jesus ou não será de Jesus de verdade. Não tem como servir a Deus e servir ao diabo, andar em justiça e andar em pecado. Ou é ou não é. A entrega deve ser sem reservas e sem limite.

 

Se você se entregou verdadeiramente ao Senhor, você entregou o seu corpo. Portanto, não buscará mais a contaminação do pecado, porque se tornou morada de Deus, templo do Espírito Santo Se você se entregou ao Senhor, você deu a Ele a sua mente. Então, você não aceitará mais o pensamento mau, porque agora vai se ocupar em aprender e receber os ensinos de Deus.

 

Se você se entregou verdadeiramente ao Senhor, você entregou pra Ele a sua língua, pra falar por Ele; entregou as suas mãos, pra trabalhar pra Ele; entregou seus pés, pra caminhar ou correr por Ele. 

 

Se realmente nos entregamos a Jesus, nosso corpo, alma e espírito, são completamente dEle.

 

Se nossa entrega foi sincera, tudo o que possuímos: todos os talentos, todo o tempo, todos os pertences, toda a influência, todas as relações, todas as oportunidades, pertencem ao Senhor. Falamos como a esposa do livro dos Cânticos: “eu sou do meu amado, e meu amado é meu”.

 

E além disso, irmãos, a entrega que cada verdadeiro crente faz, é uma entrega ao Senhor. Aqui, irmãos, é onde se deve começar: com o Senhor. Não devemos nos entregar à Igreja até que tenhamos nos entregado ao Senhor. Conheci uma irmã que por anos, tinha um zelo impressionante pela igreja, pela obra de Deus, ao ponto de deixar de lado as tarefas de dona de casa, mãe e esposa. Hoje, ela perdeu parte da família e não está firmada na igreja.

 

E jamais sua entrega deve ser ao pastor ou alguma outra pessoa da igrejaHá pessoas que se consagram ao pastor, que servem ao pastor mais do que a Deus! Ó, larga disso! Quando você se entrega a uma pessoa da igreja, você se frustra e deixa de congregar por causa daquela pessoa.

 

Tivesse se entregado primeiramente ao Senhor, diria: “Não vou muito com a cara de fulano; mas meu compromisso de servir, de adorar e trabalhar na obra, não é com ele, é com Deus”Bora pro culto!

 

Não siga os pensamentos de ninguém, porque é ao Senhor que você deve fazer sua entrega completa e incondicional.

 

Por isso, faça entrega da sua vida ao Senhor, pois servindo a Ele, você será livre; e diminuindo-se perante Ele, é que você se tornará grande.

 

Assegure-se de que a sua entrega seja a Jesus e não a algum homem ou organização.

 

Preste atenção a isso: como primeiro passo, você deve se entregar primeiro ao Senhor. Não fale sobre participar de uma igreja cristã, enquanto não tiver, primeiro, feito sua entrega ao Senhor. Não se apresente para ser batizado, enquanto não tiver feito, primeiro, a entrega de si mesmo ao Senhor.

 

Meus irmãos, Deus Se aborrece das nossas ofertas, dos nossos cânticos, dos nossos gestos, da nossa performance, enquanto não tivermos entregado, primeiro, nosso coração, nossa vida a Ele.

 

É algo mal e pior do que mal, é uma zombaria para Deus, um insulto para Ele, a pessoa desfrutar de todas as bênçãos dessa vida, sem fazer a voluntária entrega do seu coração a Ele!

 

Deixa agora, que eu peça a cada um aqui, especialmente, a cada cristão, a cada crente, que responda a esta pergunta: “Minha alma, você se entregou para pertencer ao Senhor?”  Você fez, realmente, uma entrega da sua vida para Deus dirigir e abençoar ou é tudo uma farsa, um fingimento?  

 

Quantos de vocês, sentem essa noite, um desejo de fazer sua consagração mais completa?  

 

Pr Walter Pacheco

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