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EVITANDO O JOGO DA CULPA
Gênesis 2

 

Você sabe qual é o jogo mais popular do mundo? Mais popular que Monopólio, que é vendido em 80 países diferentes. Muito mais que o jogo de baralho, dama e xadrez. Mais popular que Banco Imobiliário e War. Mais popular que todos os jogos de Playstation ou Wii. Realmente, não é nenhum desses jogos. O jogo mais popular do mundo é jogado por todo ser humano que já nasceu – é chamado de o Jogo da Culpa, e a maior parte de nós é perita nisto.

 

O Jogo da Culpa está em nossa árvore genealógica e faz parte do nosso DNA espiritual. Abra sua Bíblia em Gn. 2. A cena se passa no Paraíso. O verso 15 nos diz que Deus fez Adão do pó da terra e o pôs no Jardim do Éden para trabalhar e cuidar desse lindo jardim. Ele podia reinar livremente, mas foi informado para não comer da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal. Vendo que não era bom que Adão estivesse só, Deus então criou a mulher. Adão ficou tão feliz com isso que no original exclamou, “Uau!” E o capítulo 2 termina com harmonia em sua casa: “O homem e sua mulher viviam nus, e não sentiam vergonha.”

 

As coisas mudam no capítulo 3 quando nós somos apresentados à Serpente que tentou Eva a questionar o que Deus disse. Depois de dialogar com o Diabo, o que é sempre perigoso, o v. 6 nos diz “Quando a mulher viu que a árvore parecia agradável ao paladar, era atraente aos olhos e, além disso, desejável para dela se obter discernimento, tomou do seu fruto, comeu-o e o deu a seu marido, que comeu também.” Depois de comer o fruto proibido, Adão olha para sua esposa e percebe pela primeira vez que ela não tem roupa alguma e em seguida percebe que ele também está nu. A primeira conseqüência do pecado é a vergonha e eles imediatamente tentam se cobrir com folhas de uma figueira. Logo depois disso, eles ouvem Deus entrando no jardim e eles correm para se esconder. O pecado traz vergonha, o que nos leva a tentar se esconder da santidade de Deus. Ninguém disse para eles se esconderem, mas agora suas consciências lhes condena. Há tão pouco tempo atrás eles amavam a comunhão íntima com Deus, mas agora o fruto da desobediência trouxe distância entre eles e Deus.

 

No v. 9 Deus grita para Adão, “Onde está você?” Eu amo como Deus está sempre procurando pelas pessoas que se perderam. Adão diz ao Todo-Poderoso que ele tinha medo, por isso se escondeu. Ele sabia que não podia enfrentar Deus nu. Deus então pergunta a ele duas coisas muito diretas no v. 11: “Quem lhe disse a que você estava nu? Você comeu do fruto da árvore que lhe proibi comer?”

 

Em vez de confessar o que fez, Adão se apressou em culpar alguém no v. 12: “Foi a mulher que me deste por companheira que me deu do fruto da árvore, e eu comi.” A primeira pessoa que ele culpa é Eva; Realmente ele a chama de “a mulher,” provavelmente como uma maneira de se distanciar dela. Em seguida ele tenta pôr seu pecado justamente sobre ela: “Ela me deu do fruto da árvore…” E então, bem no fim, ele diz, “…e eu comi.” É quase como se ele não tivesse escolha. Se não fosse por ela e pelo fato de que ela lhe deu a fruta, a implicação é que ele nunca teria comido aquela “manga”.

 

Da mesma maneira que é comum colocar a culpa naqueles que estão perto de nós, Adão faz algo até mais abominável, e talvez igualmente popular. Deixe-me ler o verso novamente e dessa vez eu vou enfatizar outra palavra: “Foi a mulher que ME deste por companheira …” Adão agora está jogando o jogo da culpa com Deus. “Deus, se você não tivesse me dado esta mulher, eu nunca teria feito isto”. “Deus, se você apenas tivesse feito as coisas diferentes, eu seria bom”.

 

A história não termina e o jogo da culpa continua no v. 13 quando Eva responde a pergunta de Deus: “Que foi que você fez?” Em vez de confessar logo, ela começa a culpar: “A serpente me enganou, e eu comi.” Ela tenta atribuir seu erro ao mal. É o clássico, “O Diabo me fez fazer isto” como defesa, e o diabo não tem para onde correr.

 

Eu gosto como Ray Pritchard interpreta isto: “Tecnicamente, Adão e Eva disseram a verdade. Adão disse a verdade quando afirmou que Eva lhe deu a fruta. Eva disse a verdade quando afirmou que a serpente a enganou. Mas os dois estavam se desculpando como um meio de evitar a responsabilidade pessoal. Desde que Adão podia culpar Eva, ele não parecia tão mal assim. E desde que Eva podia culpar a serpente, ela parecia uma vítima inocente.”

Isso explica muitas coisas. Primeiro, nos diz que a propensão para culpar outros é profundamente arraigada na natureza humana. Segundo, nos diz que inocentamos a nós mesmos; nós faremos qualquer coisa para evitar assumir a responsabilidade pessoal por nossas ações. Terceiro, nos diz que culpar os outros é freqüentemente nada além do que uma sutil torcida na verdade a fim de livrar nossa própria pele. Quarto, nos diz que sem um profundo trabalho da graça de Deus dentro de nós, nós faremos exatamente o que Adão e Eva fizeram”.

 

Depois de refletir sobre isso, aqui está o que eu escrevi: A vergonha do pecado freqüentemente nos leva a não culpar a nós mesmos. Ou, dizendo isso de outro modo: Não jogue o jogo da culpa; declare-se culpado e evite a vergonha.

 

Wayne Dyer escreve: “Toda culpa é um desperdício de tempo. Não importa quanta culpa o outro tem, e não importa quanta culpa você tem, isso não mudará você… Você pode até ter sucesso em fazer outro parecer culpado de algo jogando a culpa nele; mas você não terá sucesso em mudar aquilo que está sobre você e o torna infeliz.”

 

Antes de deixarmos Gn. 3 eu quero destacar que freqüentemente nós encontramos aqui três desculpas para o pecado hoje em dia. Alguns de nós somos peritos em jogar o jogo da culpa. O problema é que isto não é apenas um jogo – que destruiu inúmeras famílias e continua fazendo o mesmo hoje em dia. Alguém disse que se você pode sorrir quando as coisas derem errado, é porque você tem alguém em quem por a culpa.

 

1.      Culpando seu cônjuge.

Isto é muito popular. “Se apenas ele não fosse tão preguiçoso, então eu não explodiria. Eu não beberia tanto se ela apenas parasse de resmungar”. Lady Astor, a primeira americana a ocupar uma cadeira no Parlamento Inglês, disse que “a primeira vez que Adão teve uma chance ele colocou a culpa em uma mulher.” Ela também foi a pessoa que disse para o Primeiro Ministro Britânico Winston Churchill: “Se eu fosse sua esposa envenenaria seu chá” ao que o Primeiro Ministro respondeu, “Senhora, se você fosse minha esposa eu beberia o chá.”

 

2.      Culpando Deus.

O jogo “Vamos colocar a culpa em Deus” levou inúmeras pessoas a se tornarem amargas por causa de algo que aconteceu em suas vidas. Pode ser a perda de um trabalho, ou uma perda inocente ou apenas uma falta geral de felicidade. Eu conheço algumas pessoas que culpam Deus por sua própria falta de perdão.

 

3.      Culpando o diabo.

Enquanto é verdade que Satanás nos tenta, ele não pode fazer com que nós façamos qualquer coisa. E ainda, algumas pessoas estão certas de que o diabo está por trás de suas ações e então elas não são responsáveis pelo que fazem.

 

Não jogue o jogo da culpa; confesse sua culpa e evite a vergonha.

 

Vamos olhar brevemente para o que aconteceu à primeira família em Gn. 4. O primeiro filho de Adão e Eva foi Caim e em seguida eles tiveram Abel. Nós realmente não sabemos o que aconteceu entre eles, mas certamente eles tiveram algum tipo de rivalidade entre irmãos (semana que vem trataremos disso). O problema surgiu quando era o tempo de fazer uma oferta ao Senhor. Caim trouxe alguns legumes, mas Abel sacrificou o primeiro boi nascido de seu rebanho. Deus se alegrou com essa oferta “mas não aceitou Caim e sua oferta. Por isso Caim se enfureceu e o seu rosto se transtornou” (Gn. 4:5). Deus vai até ele e argumenta para que ele faça a coisa certa e então o adverte sobre o poder destrutivo e sinistro do pecado no v. 7: “Mas se você não o fizer, saiba que o pecado o ameaça à porta; ele deseja conquistá-lo, mas você deve dominá-lo.” Caim, ao contrário, ignora a advertência de Deus, ataca Abel e o mata. Deus então pergunta, “Onde está seu irmão Abel?” Caim vai de um ofertante desmerecedor a ficar bravo e a cometer um assassinato e ocultar o corpo, e agora no v. 9 ele mentiu e negou: “Não sei...” E então ele faz aquela pergunta famosa, “...sou eu o responsável por meu irmão?” Realmente, sim você é. Ou, pelo menos você deveria ser.

 

Por causa do pecado de Adão e Eva e a rachadura que causou em seu casamento e em seguida entre seus próprios filhos, essa família se tornou de alguma forma disfuncional. O pecado e egoísmo e o encobrir a culpa e a vergonha estão bem vivos nos dias atuais. A única casa completamente funcional estava no Éden antes de Adão e Eva pecarem.

 

Em um artigo no Reader’s Digest há quase 20 anos atrás intitulado “Não é Culpa Minha,” Pete Hamill inventou uma palavra chamada “vitimismo” (outubro de 1991, pág. 11). Vitimismo é o que acontece quando nós culparmos outras pessoas por nossos problemas. Aqui está a idéia. Se nós persistirmos em culpar os outros, então não assumiremos a responsabilidade e em última instância nós não seremos curados. Não jogue o jogo da culpa; declare-se culpado e evite a vergonha.

 

Se nós quisermos experimentar a vitória, devemos nos livrar de nossa mentalidade de vítima. Nós vemos isso em João 5 onde lemos sobre um homem que tinha sido inválido por 38 anos. Ele estava deitado próximo a um poço chamado Betesda que era conhecido por ter propriedades medicinais miraculosas. Os judeus acreditavam que um anjo vinha periodicamente e mexia as águas. A primeira pessoa que se banhasse no poço depois que tinha sido mexido seria curada. Centenas de pessoas esperavam pelo remoinho de água começar então elas podiam saltar e esperar serem curadas. Um dia, Jesus fez uma pergunta muito curiosa a esse homem no v. 6: “Você quer ser curado?” Na superfície isto parece uma pergunta estranha, mas talvez o homem realmente não quisesse ser curado.

 

Nós temos uma pista a respeito disso porque ele começa a jogar o jogo da culpa no v. 7: “Senhor, não tenho ninguém que me ajude a entrar no tanque quando a água é agitada. Enquanto estou tentando entrar, outro chega antes de mim.” “Ninguém me ajuda e todo mundo é grosseiro”. Jesus quer curar o homem, mas ele tem que estar disposto a ser curado. Não é fácil parar de culpar porque alguns de nós se sentem muito confortáveis apontando seus dedos para os outros. Dizer que nós querermos ser curados significa que as coisas precisam mudar. Se você quiser ser transformado, então você pode ser curado. Enquanto é mais fácil ficar do modo que você está, também é perigoso e paralisante. Eu amo o que acontece a seguir. Jesus diz para ele, “Levante! Pegue a sua maca e ande.” E então nós lemos no v. 9: “Imediatamente o homem foi curado, pegou a maca e começou a andar.”

 

Existem pessoas que acreditam profundamente que elas sempre serão perdedoras no jogo da vida. Eu vou chamá-los de “Oficiais da injustiça”. Como são essas pessoas?

* Elas repetem continuamente como os outros a maltrataram.

* Elas visualizam o mundo como hostil e injusto para elas.

* Elas são “mendigos da miséria” que vê cada queixa como um tesouro para adicionar à sua coleção.

* Elas têm uma necessidade oculta de se sentir mal.

* Elas vivem pela noção infantil de que a vida deveria sempre ser justa com elas.

 

Levando para casa:

 

Vamos concluir com algumas sugestões de como nós podemos parar de jogar o jogo da culpa; declare-se culpado e evite a vergonha.

 

1.      Olhe no espelho.

Este é o primeiro lugar por onde começar. Você é culpado? A resposta provavelmente é “sim.” Uma pergunta melhor é essa: “De que maneira eu uso a culpa como uma desculpa para não aceitar minha responsabilidade?” Alguém disse que as pessoas que estão procurando um culpado raramente encontram qualquer coisa.

 

Em Êxodo 32, nós lemos sobre como Arão se esquivou da responsabilidade quando Moisés estava na na montanha com Deus. Ele fez um bezerro de ouro e um altar para adorá-lo. Ele foi questionado por Moisés no verso 21: “Que lhe fez esse povo para que você o levasse a tão grande pecado?” Verifique as desculpas de Arão e como rapidamente ele lança culpa para todos os lados:

 

* Ele culpa as pessoas por sua depravação (v. 22)

* Ele culpa Moisés por sua demora (v. 23)

* Ele até culpa o forno por lhe entregar um bezerro (v. 24)

 

Nós vivemos em uma sociedade onde as pessoas não aceitam a responsabilidade. Eu li a respeito de um homem que tentou a proeza de engolir lâminas de barbear. Ele acabou no quarto de emergência de um hospital e quase morreu. Em vez de assumir a responsabilidade, ele processou o hospital por expô-lo a radiação prejudicial durante as radiografias.

 

Eu quero que você aponte para a pessoa sentada ao seu lado e sem dizer nada faça aquela expressão de que você sabe que ela é culpada de alguma coisa. Agora aponte o dedo para mim. OK, já chega, não exagere. Isto é misterioso. Aponte seu dedo para o seu vizinho novamente. Agora conte quantos dedos estão apontando para você agora mesmo.

 

Uma noite vários alunos de uma universidade espalharam queijo limburger no lábio superior de um companheiro de quarto enquanto esse dormia. Ao acordar o jovem sentiu o cheiro e disse, “Este quarto fede!” Ele então caminhou pelo corredor e disse, “Este corredor fede!” Deixando o dormitório ele exclamou, “O mundo inteiro fede!” Todos nós temos queijo limburger em nossos lábios, não é mesmo?

 

Nós precisamos chegar ao nível de Davi quando ele claramente confessou que estava errado, em ICr. 21:8: “Então Davi disse a Deus: "Pequei gravemente com o que fiz. Agora eu te imploro que perdoes o pecado do teu servo, porque cometi uma grande loucura!"”

 

Amigos, a única coisa que algumas pessoas aprendem com seus enganos é como culpar outras pessoas. Vamos parar de fazer isso.

 

2.      Seja cuidadoso com o tempo gasto em companhia de pessoas negativas.

Um estudo acompanhou 173 pessoas que se formaram em uma grande universidade e constatou que aqueles que estavam mais satisfeitos com suas vidas eram aqueles que lidavam com as dificuldades da vida sem culpa ou amargura. Aqui está o ponto, se nós gastamos todo nosso tempo com pessoas negativas, nós podemos ser contagiados com a mesma doença delas de acordo com ICo. 15:33: “As más companhias corrompem os bons costumes.”

 

3.      Aceite a responsabilidade de tornar seu casamento melhor.

Se você for casado e estiver jogando o jogo da culpa, seu casamento não melhorará. Como um marido escreve, “Depois de seis meses de casamento, eu pensei que havia me casado com a pessoa errada, porém quando eu procurei ter um relacionamento melhor com minha esposa, fiquei surpreso em ver que eu era a fonte primária de atrito em nosso casamento…O fato é, que cada pessoa em um relacionamento conjugal gasta muita energia para evitar muitos conflitos em seu casamento… aqueles que entendem isso são aqueles que param de jogar o jogo da culpa, e tomam aquela mesma energia e trabalham para mudar sua própria vida.”

 

Dois textos bíbiclos são importantes aqui: Mt. 7:4 diz, “Como você pode dizer ao seu irmão: 'Deixe-me tirar o cisco do seu olho', quando há uma viga no seu?” E, na história do profeta Jonas que fugia de Deus em um navio, ele foi rápido em admitir que era a sua culpa que estava trazendo transtornos em Jonas 1:12: “Peguem-me e joguem-me ao mar, e ele se acalmará. Pois eu sei que é por minha causa que esta violenta tempestade caiu sobre vocês.”

 

O que é culpa sua? Assuma isso e em seguida aceite a responsabilidade de tornar seu casamento melhor.

 

4.      Seja um bom exemplo como pai.

Como seus filhos vêem como você lida com os erros? Eles observam você aceitando a responsabilidade ou eles ouvem que você culpa seu chefe ou colegas de trabalho quando você volta para casa? Que tipo de exemplo eu sou? Aqui está a questão, pais. Nós somos os modelos primários para nossas crianças. Se nós jogamos o jogo da culpa, eles se tornarão peritos nisto. Se nós não formos cuidadosos, acabamos criando mini-vítimas que seguirão pela vida culpando os professores, e chefes, e amigos, e cônjuges, e em seguida seus próprios filhos e netos. O dito popular ‘faça o que eu digo, não faça o que eu faço' não funciona dentro de casa.

 

Isto não é fácil fazer, é? Eu li como um jogo de culpa aconteceu em uma lanchonete quando um marido e esposa estavam lá com seu pequeno filho. Quando ele começou a limpar seu nariz em público, a mãe olhou para o pai e disse com ar de acusação: “Quem ensinou a ele limpar o nariz em público?” Então o marido disse, “Você sabe o que acontece quando nós o deixamos com seus pais.”

 

Muitos de nós memorizaram ou estão familiarizados com ICo. 10:13: “Não sobreveio a vocês tentação que não fosse comum aos homens. E Deus é fiel; ele não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem suportar. Mas, quando forem tentados, ele mesmo lhes providenciará um escape, para que o possam suportar.” Enquanto este verso tem aplicação para tantas áreas da vida, o contexto no v. 10 é sobre a murmuração. Deus pode nos afastar da murmuração se estivermos dispostos a isso. Nós não podemos apenas dizer para nossos filhos parar de culpar os outros; eles precisam ver isso em nós.

 

É muito difícil você ouvir de outra pessoa que você errou. Eu não gosto disso. Isso me coloca muitas vezes na defensiva e brota em meu coração o desejo de encontrar o culpado culpando outras pessoas pelo meu erro. Quantos de nós depois de ouvir uma crítica podem dizer: “Sabe, eu precisava ouvir o que ele disse porque era verdade.” Seria maravilhoso ouvir alguém dizer, “Eu pequei. Foi minha escolha. Ninguém me forçou a fazer isto. Eu fiz isto porque eu quis.” Realmente, eu não deveria esperar ouvir outra pessoa me dizer isto. Eu preciso parar de me desculpar e recusar jogar o jogo da culpa e admitir a culpa do que eu fiz.

 

5.      Não aceite nenhuma desculpa de seus filhos.

Eu me pergunto o que aconteceria se cada um de nós fizesse de sua casa uma “Área de nenhuma desculpa”? Talvez nós até precisemos de alguns cartazes dizendo: “Nenhuma Desculpa.” Vamos tentar isto. Sempre que você ouvir alguém começar a culpar outro ou se desculpar, faça o som de uma campainha significando que o jogo da culpa acabou. Vamos tentar isto juntos: Peeeeeee! Adolescentes, vocês têm permissão para fazer isto quando ouvirem seus pais jogando o jogo da culpa também.

Aqui estão algumas coisas práticas para ensinar a seus filhos.

 

A.     A vida não é justa.

Umas das melhores coisas que nós podemos ensinar a nossos filhos é como lidar com a adversidade porque eles precisam aprender que a vida não se revolve sozinha.

 

B.      Assuma a responsabilidade.

As crianças não se tornam responsáveis por acaso ou por mágica. É importante nós ensinarmos aos nossos filhos que quando eles colocam fogo na casa, eles mesmos têm que telefonar para o bombeiro. Lição aprendida.

 

C.     Cobre conseqüências.

Eu topei com um artigo muito útil esta semana chamada, “13 Caminhos para Realmente Estragar Seus Filhos.” Está em inglês, mas posso enviar o link para você. Por causa do tempo, eu só mencionarei um que se aplica a nosso tópico hoje. #4: Faça sempre o que puder para livrar seu filho de ter que experimentar as conseqüências de seu comportamento.

 

D.     Não brinque de vítima.

Quando as crianças tentarem mudar o foco para longe de sua responsabilidade e começar a dar uma desculpa ou jogar o jogo da culpa, nosso trabalho é dizer Peeeeeee! E então mude o foco da desculpa para a responsabilidade.

 

E.      Não se desculpe por eles.

Às vezes os pais inadvertidamente podem cair no jogo da culpa se desculpando por seus filhos. Por exemplo, quando você vir seu filho agir com falta de educação com outra pessoa aqui na Igreja, não diga, “Oh, ela é muito tímida ou está cansada ou está com fome.” Não existe realmente nenhuma desculpa para a falta de educação.

 

Não jogue o jogo da culpa; Admita sua culpa e evite a vergonha.

 

Conclusão:

É difícil para alguns de nós adorar porque sentimos tanta vergonha. Alguns de vocês culpam a si mesmos pelo modo como seus filhos estão vivendo. Queridos, existe uma culpa verdadeira, mas também existe uma culpa falsa. A culpa verdadeira é curada pelo perdão de Cristo. A culpa falsa paralisa os pais.

 

Eu posso compartilhar algumas boas notícias com você? Depois que Adão e Eva pecaram, Deus fez roupa para eles da pele de um animal sacrificado e eles a vestiram. Sua culpa e vergonha estavam agora cobertas por Deus, mas uma morte teve que acontecer. Em vez de matá-los, o que eles mereciam pela sua desobediência, Deus tomou a vida de um animal substituto. Suas folhas de figo não iriam durar muito tempo. Não importa o que nós fazemos para tentar cobrir nosso pecado, não funcionará a longo prazo. Nós não podemos ir embora e esconder, nós não podemos minimizar nossos pecados, e culpar outra pessoa não apagará nossa culpa.

 

Mas ai é onde Deus entra. Ele faz vestes do couro de um animal! Deus permitiu que houvesse um substituto para tomar o lugar do homem pecador e então começou o sistema sacrifícios do Velho Testamento. De Abel em diante, milhões de animais foram mortos em altares no lugar das pessoas. Mas os sacrifícios não eram totalmente suficientes porque havia sempre a necessidade de um outro mais. Isto foi assim até que Jesus se tornou o sacrifício final que cobre todo nosso pecado com Sua própria pele. E nós nunca mais tivemos que sacrificar novamente.

 

E então hoje Deus está fazendo a você uma pergunta semelhante a que Ele fez a Adão: Onde você está? Ele está buscando você. Ele está oferecendo a você uma cobertura para o seu pecado e vergonha assim você nunca mais precisará culpar outra pessoa. Você responderá a Sua pergunta hoje?

 

Arlenio Machado

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